Fazia exatamente seis meses e nove dias que ela nunca mais falara pessoalmente com Caio. Conversara uma vez, por telefone, rapidamente em novembro, logo que tinha retornado da viagem à América do Norte. Depois, nunca mais.
Embora tivesse rogado aos Céus, durante esses meses, que permitissem um reencontro com aquele homem, ela jamais imaginava que o encontraria num aeroporto, na volta do feriado de Páscoa. Ele, ainda, era o homem que a fazia esquecer de sensações como frio, calor, fome, sede ou cansaço. Durante os rápidos minutos que se abraçaram e trocaram algumas frases, nada significavam as milhares de pessoas à sua volta. O tempo tinha parado ali. O relacionamento estava exaurido há muito.
Acreditava cegamente que já tinha esquecido o amor de sua vida. No entanto, não. Ainda pensava em Caio. E, ultimamente, andava pensando muito nele. Não mais nos momentos intensos que tinham vivido, pois estes já não existiam mais, mas no que ele estaria fazendo.
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