terça-feira, dezembro 28, 2004

Dejàvu

Ela nunca iria imaginar que, balançando a folha de uma árvore, ela traria Caio para sua vida. Foi assim, como o cair da folha de uma árvore, que ele entrou em sua vida. De mansinho. Sem fazer barulho.
Embora ela acreditasse que jamais cai a folha de uma árvore, se isso não for a vontade de Deus, não entendia a razão de Caio entrar na sua vida. Afinal, ela não tinha entrado na vida dele, como gostaria.
Como um furacão, rapidamente, Caio foi invadindo seu espaço e conquistando seu coração. Levou sua orquestra e compôs sua sinfonia. Embalada pelo ritmo frenético daquele homem, ela mergulhou em sua música, sem se preocupar muito com as notas musicais; se eram harmônicas ou não. Velas, incenso, música, corpos ardentes...Dejàvu!
Depois do espetáculo, garrafas de vinho pelo chão. Taça de cristal quebrada. Abajur estilhaçado.
Silêncio de Caio. Coração despedaçado. Dejàvu!!!
A taça, o abajur, o coração. Nem a melhor cola do universo poderia deixá-los perfeitos novamente. A taça, ela compraria outra, ainda mais bonita. O abajur, também. E o seu coração? O que seria de seu fraco coração?
Por que Deus promoveu esse encontro se não era para ficarem juntos? Quais eram os planos divinos? Onde estaria Caio?

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